26.2.13

um cheirinho a amor




Esquecer? Não esqueces. Nem os bons, nem os maus momentos. Sempre que alguém te fizer feliz, tu vais-te lembrar sempre de outro alguém que já te tenha feito feliz, porque conheces a situação. E assim, contrariamente, quando alguém te magoar. São tudo memórias, que algumas, com certeza, querias apagar. Devia existir uma espécie de comprimido para esquecer memórias, mas não existe. Por isso a questão é saber afastar quando achamos que não merecemos menos e ter confiança, mas não elevar as expectativas porque são essas que provocam as quedas. E se a vida te ensina, tu é que tens que por em prática, todos os dias, o que vais aprendendo.

27.12.12

Tenho-me esquecido que o mundo pôr aqui também existe, que as palavras têm vida e os sentimentos são algo relevante que nos ajuda a respirar duas vezes antes de deixar o tempo tomar conta de nós. Eu esqueci-me de retratos sólidos de um passado só meu, de calafrios nos dias quentes e firmes, das cartas escritas em segredo e do amor que ainda mora em mim. Tem a tua cara e soletra as letras do teu nome. Enquanto me enche de carinhos de conforto e de sopros no pescoço para que eu não me sinta sozinha pôr aqui. Agora que voltei e que trouxe comigo alguma força que me faz sentir um desejo de alguém. Um desejo pertencente a uma das doze passas de alguém, que as come no passar deste novo ano que se aproxima. E esse alguém serás sempre tu, louco amor. Que te escondes atrás de um pilar para que eu não te consiga ver. Escondes-te mas o teu interior chama pôr mim em desassossego. Lavado em feridas profundas que custam a sarar. Acreditando que eu te possa fazer feliz sem te explicar o futuro. Esse que eu também não conheço porque nem sempre tudo é como queremos, e o destino tem pedras que não nos deixa adivinhar. Mas eu prefiro assim, gosto de surpresas, de acordar e não saber o que serei eu ao fim do dia. Gosto do ar puro da natureza e de não saber onde me darás o beijo a seguir.

1.12.12

Tenho-me esquecido aos poucos. Tal como tu te tens esquecido de mim a cada dia que a vida nos dá. Perdi-te o rasto e o sabor das palavras. O quente do teu corpo e os teus fortes abraços. Não sei se já te esqueces-te de tudo e se o tempo não te consegue avivar a memória. Porque entre corações partidos a tua voz não dita um som sequer. Silêncio este que me incomoda e tu sabes. Talvez por isso meu amor...talvez por saberes que me sinto mal sem ti, que estejas longe. Talvez para sempre. Eu não sei. Afoguei-me em lágrimas e no frio destas noites sem um chocolate quente ao teu lado. Fugis-te. Não sei se me voltas a ver ou se agora serei eu quem não te irá querer ver. Um pouco de tudo, um pouco de nada. Ou oito ou oitenta. Sempre foste assim. 


Um beijo forte, estejas onde estiveres.